Letra e Música: Joana Barra Vaz
Passeio pelo trilho, regressam no infinito
As aves de Fevereiro num voo por inteiro
E vêm para ficar na luz e no calor
Cantando que a manhã chegou
São estas as raízes
Que meus pés bem fundo no chão
Teimam em firmar
E aqui não há-de faltar
Malga de leite e pedaço de pão
Para quem cá vier parar
Cada um sabe ao que vai
E aqui é quanto baste
Num canto morno, o canto das aves
Cada um sabe o que semeia
Na passada domingueira
Basta-nos tão pouco
Para ser inteiro, para estar
Para ser inteiro, para estar inteiro
Madrugada viu-te chegar
Pleno de sede e cansaço
Depois de tanto serão
Em que pousei antes de deitar
A malga de leite ao portão
Não fosse o poeta ter razão
Cada um sabe ao que vai
E aqui é quanto baste
Num canto morno, o canto das aves
Cada um sabe o que semeia
Na passada domingueira
Basta-nos tão pouco
Para ser inteiro, para estar
Para ser inteiro, para estar inteiro